quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A loucura que me rodeia é você.

O medo assombrava meus pensamentos, minha razão. Fazia tremer todas as células do meu corpo. Mesmo que eu acreditasse, seria impossivel não temer.
Mas o medo está a passar, gradativamente. O medo de não ser o que era antes, o medo de só piorar as coisas, o medo de estar apenas remediando o mal.
Todos olham, veem e dizem:'Ele é louco!' Compreensível. Mas, ao mesmo tempo, incompreensível.
Como assim, eu sou louco? Eu só estou tentando de novo...
Amanhã, dia 20 de novembro, 9 meses se passaram... Tanta coisa aconteceu. Lembranças brotam como plantas em chão fértil numa região tropical. Algumas são perfeitas como um olhar durante 'uma declamação', um abraço sincero e preocupado ou a luta pra manter tudo como devia ser, tornando-nos pessoas melhores.
Junto dessas lembranças, vem aquelas que nos fazem rir como um beijo 'com comentários do Luxemburgo' ou susto ao ouvir o som de um carro aproximar-se e tirar-nos do nosso momento de paz.
Até ai, tudo fica tranquilo, cheio de alegria e felicidade, atinge a parte fácil de ser lembrada e de nunca mais ser esquecida.
Mas, as lembranças costumam andar juntas, como gêmeas siamesas. São parecidas, normalmente, são praticamente iguais, possuem a mesma força, o mesmo poder de atingir a pessoa que as enfrenta e, as vezes, são até possíveis de serem separadas, mas, normalmente, é descomedidamente árduo e trabalhoso, sem contar que as cicatrizes são pra sempre, não importam quantas plásticas você tente fazer.
Ao separar a gêmea que causava mal da gêmea que só guarda as coisas boas e bonitas, muitas lembranças ruins gritavam, tentando 'seduzir' o cirúrgião. Elas diziam:'Aquele dia que você chorou até seus olhos arderem, até você notar que caíra no sono?'; 'E tudo que trouxe de problemas? Algumas brigas, alguns desencontros, alguns exageros?', 'Aqueles meses que você precisou se virar?', 'Lembra de cada noite sem dormir, de cada relapso triste invonluntário?' e 'Até quando você vai fugir disso?'. Então, ao ultimo, fraco e insuficiente, gemido de uma das lembranças ruins... As gêmeas estavam separadas.
Hoje, logo após essa separação, um novo jeito de abordar essas lembranças, acaba de nascer, coincidentemente, 8 meses após a primeira - e muito engraçada - demonstração de que seria muito mais que um casinho qualquer.
Então, com certeza, eu sou louco. Como disse a Larissa, eu sou louco por ela. Por cada célula que a constitui, por cada jeito que ela me toca, por cada beijo estonteante que me deixa bobo, por cada sorriso tímido completo de embaraço ao dizer uma coisa que, com certeza, foi completamente sincera...
Enfim, é mais forte que eu.
Então, por favor, não estranhe ao me ver te abraçar por uns segundos a mais, não queira entender. Só me abrace e deixe todas as poucas lembranças ruins desistirem e sumirem. Quero 'nascer de novo' com o mínimo delas dentro de mim.

Nunca, um texto meu, mexeu tanto comigo mesmo. Foi díficil terminar esse aqui. Se é que eu terminei...

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