segunda-feira, 1 de março de 2010

'O que será que ele ia sentir?'

A morte.
Pode ser dolosa ou culposa, dolorida ou satisfatória. Mas, realmente, não é algo que acontece todos os dias. Pelo menos, não a morte das pessoas que você convive diariamente.
Mesmo assim, algumas pessoas nos fazem questionar se isso afetaria sua vida caso elas viessem a morrer.
Eu não esperava levar aquelas palavras e aquele olhar de 'O que será que ele ia sentir?' tão a sério a ponto de mexer o dia todo comigo. Assim sendo, deparei-me pensando em como eu lidaria com a sua morte.
Depois de algum tempo nesse estado brisante e muito, mais muito, pessoal, tirei algumas conclusões:
Primeiro, eu tenho plena noção que eu ficaria bastante aflito e impossibilitado de acreditar no que acabara de acontecer. Afinal, todo o meu plano de vida que eu tenho arquitetado na minha cabeça seria reduzido a mero entulho de construção mal sucedida!
Segunda, sentiria dor. Dor intensa. Como se tirassem de mim um orgão vital sem qualquer tipo de anestesia, como se mutilassem cada dedo do meu corpo com um alicate de jardinagem a 150 graus celsius ou como se fizessem as coisas acima com cada pessoa que eu amo, na minha frente!
Por último, mas não menos importante, eu ficaria sem rumo. Não faria sentido viver sem sentir o seu cheiro, sem o seu toque, sem a sua voz, sem a sua companhia, sem o seu beijo, sem os seus problemas, sem as nossas discussões... Enfim, sem você.
Mas, espero eu, não ter que enfrentar sua morte nem hoje, nem amanhã, nem nunca.