segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Progressão Geométrica.

E cada dia que passa, eu me sinto pior comigo mesmo. Me sinto a pior pessoa do mundo. O que engana, que mente, que esconde e que não considera nada nem ninguém.
O 'falso verdadeiro'.
As lágrimas sempre são internas. Nunca deixando-as sair.
Aprendi a ser assim, aprendi a esconder. Ou melhor, me vi obrigado a agir assim, desde os meus 8 anos.
Eu precisava mostrar segurança, mostrar que não era tão ruim assim. Mesmo sendo. Enganei até a pessoa que eu mais amo nesse mundo. Que traste.
Hoje, isso virou parte de mim. Não consigo ser mais eu na frente dos outros. São raras as pessoas que já se depararam com o meu real eu. E as poucas que consigo estão a diminuir, em progressão geométrica.
É descomedidamente ruim ver as pessoas a tua volta te julgarem por ser assim. O único jeito de demonstrar preocupação é fazer escandalo, dar patada em todos à sua volta e pensar com o coração e não com a razão? É tão difícil assim respeitar o jeito de cada um? Quanta hipocrisia, isso sim. Prega valores tão nobres e faz coisas tão cruéis.

domingo, 30 de agosto de 2009

Um domingo mais longo do que o desejado.

A luz solar me acordou pelo vão que esqueci aberto da janela, era mais cedo do que eu queria. Fiquei a observar o teto cujo qual possuía uma ventilador bem no centro. Estava parado, ele e suas 4 'pernas'. Foi só o ínicio da 'viagem'.
Logo após, instantaneamente, meus pensamentos mudaram para o dia de hoje. Eu acordaria, iria à missa, almoçaria um belo strogonoff de frango, o mesmo do meu almoço de amanhã, enrolaria até as 14h, quando eu iria para o ponto de onibus, pegar o 323 e chegar à casa do Glauber, assistir um jogo de quadra de baixo e comer umas pizzas.
Enfim, tanto errei que o domingo apenas estava começando.
Até ai, tudo bem. Até meu celular tocar ao final do 6° pedaço(tava disputando com o Glauber, enfim, ganhei. Mas meu estomago ainda dói).Era minha avó, com um tom, no mínimo, preocupado. Normal, pra mim era só eu e meus atrasos geralmente prevísiveis.
Mas, dessa vez não passei nem perto. Era meu pai. Meu amado e distante pai. Ele quase teve um infarto ou derrame, sei lá como isso se chama. O coração insistia em bater mais rápido do que o normal, o ar lutava para não chegar ao pulmão, a pressão mais alta que meu professor de Projeções Artísticas. Enfim, quase morrendo.
Me deparei com dois pensamentos cruciais.
Primeiro, eu cheguei a duvidar as vezes do quão necessário era o meu pai na minha vida. Mas hoje, no pior momento possível, percebi que ele é extremamente importante. Mesmo longe. Eu amo demais aquele cara e é por isso que todas as férias eu fico pelo menos uma semana com ele. Falando besteira e tomando cerveja, sempre atentos a uma bela mulher que não hesite em 'desfilar' pra gente.
E o outro pensamento, foi o 'frustrador'.
Será que a ansiedade que eu sentia(cujo qual já comentei em alguns textos anteriores) era mais uma premonição de algo ruim que estava para acontecer? Será que eu todos esses pensamentos eram apenas isso, um aviso? Espero que não, espero que seja algo bom que mude a minha vida e não algo que a deixe ainda pior.
Mas como sempre, amanhã eu vou estar normal na escola, com um sorriso no rosto, sempre escondendo meus problemas e reais sentimentos da visão e percepção externa dos outros.

sábado, 29 de agosto de 2009

O tão temido Campo Minado.

Até onde isso é verdade? Até onde tudo isso que meu coração pede é realmente necessário? Até onde essa situação é sensata? Porque eu me preocupo tanto com essas coisas? Porque as pequenas coisas me afetam tanto?
Um olhar, um oi, um sorriso são suficientes pra desestabilizar todo o meu 'sistema'. Amplamente capazes de abalar meu estado psicológico já remendado.
Cada vez que eu encaro alguma dessas coisas eu me vejo em um campo minado, aquele no nível mais díficil, de 100 quadrados e apenas 1 não que tem uma bomba de prótons extremamente carregada.
Depois de tantos 'erros' e ter criado uma imensurável raiva desse joguinho sem sentido, decidi usar outra estratégia. Agora, evito ter que enfrentar. Faço de tudo pra jogar outro jogo. War? Dama? Guitar Hero? Qualquer um. Não sendo o campo minado, eu encaro.
Mas se continuar assim, um dia, eu vou acertar o quadradinho sem a bomba e nem vou perceber. Vou estar livre de explosões a cada canto que eu vou, a cada rosto que vejo, a cada reclamação sem sentido que recebo, a cada 'não' que ouço aos meus desejos.

Saindo da rotina

E não é que essa merda tá fazendo algum barulho?
Atingiu mais que satisfatoriamente as expectativas. E não me perguntem quais eram as expectativas, afinal, isso aí eu devo falar a seguir.
Com certeza, o intuito é ser uma válvula de escape. Aqui eu não preciso ser engraçado ou pedreiro toda hora.
Aqui eu escrevo o que quiser, sabendo que 90% das pessoas que convivem comigo não vão nem se quer ler e os 10% que leem podem até não gostar, mas vão falar pra mim que gostaram.
Chega a ser invasivo as proporções que esse blog tomou. Se eu te falar que mais de 10 pessoas leem esse blog, você acreditaria?
Até a pessoa que diz que me odeia com todas as forças, meu caro amigo Felipe, já leu pelo menos o meu perfil daqui!
Curti.

ps:Todas as meninas que leram, passaram a me ver de outro jeito. Ae rapaziada, bora bloguear por ae!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O acontecimento mais que esperado.

É tão estranho ter tudo a sua volta para que você esteja, no mínimo, feliz e ao mesmo tempo sentir como se não tivesse nem um pedacinho sequer do necessário para uma vida aceitável. Sentir-se aflito sem nem mesmo saber o porquê. Parece aquele sexto sentido, como se, bem lá no final da consciência, eu soubesse que ainda falta algo, que algo ainda vai acontecer, que não é só isso. Mas como aguentar até que o fato, seja qual for, aconteça? Como ignorar essa desconfiança que paira sobre meus pensamentos? Como encarar esse 'vazio' que de vez em quando me enfrenta como se fosse um tanque de guerra controlado por suícidas em fúria?
E assim eu vou levando.
Enfim, esperando que um acontecimento descomedidamente esperado, cujo qual não faço idéia qual seja, aconteça e me tire dessa embaraçosa situação.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Não será nada.

Cansaço psicólogico. Não vejo outro nome para o que persiste em tirar meu sono, em me desconcentrar em momentos descomedidamente inoportunos, as ilusões que lutam para se manter a flor da minha pele e, principalmente, tudo pelo qual tenho visto e nem sequer comentado.
As noites estão cada vez mais longas, ao invés de me desligar do mundo, meu sistema nervoso aguenta firme, com pensamentos a mil, sem nenhuma pausa. E então, quando lhe é exigido atenção, ele está frágil, fraco e, digo até, em outra dimensão.
Me vejo fora do ar, milhas de distância. Sem chão e sem objetivo a curto prazo. Vejo o tempo passar, sem notar os acontecimentos, sejam eles uma pandemia mortal ou um desastre natural.
Vejo pessoas a minha volta implorando por uma explicação. Eu respondo a verdade, mesmo sem saber que essa, um dia, se tornará a mais pura realidade. 'Não é nada'.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A nova palavra do meu dicionário.

Mentira, ilusão, insanidade.
Enquanto os dias passam, a cabeça vai amadurecendo as idéias e ficando cada vez mais perplexa com os fatos passados. Os que as pessoas falam cada vez mais faz sentido. Os meus argumentos estão sendo trucidados pelos acontecimentos.
Fico sem palavras. Ou melhor, fico cheio de palavras.
Mentira, ilusão, insanidade, imbecilidade, fraqueza e até, talvez, raiva.
Essas palavras que eu sempre temi bater de frente, hoje, brincam em minha mente. Ficam pulando pra lá e pra cá, tentando dizer:'é, sou eu mesmo' e eu continuo lutando pra não as verem.
Mas, uma hora não deu. Prestei atenção em uma delas que me fez deparar com algumas outras delas e tudo se tornou menos complexo e muito mais sensato.
No final, cheguei a uma única palavra, que eu sempre notei desde o começo desse caça-palavras: a famosa decepção.
Sentimento cujo qual todos já sentiram, seja com o seu time, com o seus pais ou com a sua nota em uma prova. Mas, a questão é, a decepção que rodeia minha vida hoje é, de maior parte, própria. Sentimento que jamais senti. Arrependimento nunca fez parte do meu dicionário e, hoje, é a palavra mais procurada e vista dele.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O lado dramático.

Chega a ser engraçado como tudo vem e passa pela nossa vida e fazem marcas que se tornam imperceptíveis com o passar do tempo... Mas, ainda assim, são marcas.
Vestígios de uma 'vida' passada! O primeiro dia na escola, o primeiro melhor amigo, a primeira briga e a primeira reconciliação com o mesmo, o primeiro amor, o primeiro beijo, a primeira desilusão amorosa, a primeira nota vermelha, a primeira matada de aula! Coisas que marcam, mesmo sem você querer ou planejar.
Seria magnifico que pudessemos controlar isso! Controlar o que marca a sua vida! Simplesmente fantástico. Não seria necessário amadurecer, tentar esconder as mágoas, afinal, elas não existiriam. Seria como um romance sem drama.
ROMANCE SEM DRAMA?!
Quão patético séria, isso sim!
Não teria emoção e muito menos aquele pedido de desculpas que chocam o que as recebe.
Afinal, é exatamente por isso que as pessoas 'arriscam' em se apaixonar, em se entregar por inteiro a uma outra pessoa, em não ligar para o que os outros vão achar, em encontrar alguém que realmente te entenda e o aceite à sua exata maneira de ser.
Porém, os fracassos são constantes, comuns e, quase sempre, esperados.
A principal diferença entre a vida e um romance Shakesperiano é: o final uma hora chega e o sofrimento é 'exterminado', mas, na vida, o tempo não parece passar, tudo fica mais REAL. E quando você parece ver algo novo que te rejuvenesse, cria-lhe forças que você nem percebe de onde surgem...
Tocam-lhe em uma de suas marcas, daquelas que te trazem saudade, balançando toda a sua vida atual. Tirando sua paz, seu bem estar...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Praticamente inevitável.

Penetrante e assassino; Triste e preocupado; Simples e eficaz; Discreto e perspicaz.
Destruidor de qualquer proteção, causador de uma enorme confusão! Briga de pensamentos. Idéias que se embaralham e retornam em posições praticamente opostas.
Idéias que são 'moderadas' pelas idéias de outras pessoas, praticamente inevitável.
Incapaz de não aderir aos protestos de quem te quer bem, mesmo lhe fazendo o mal. Nem que seja só temporariamente.
As eloquentes idéias dos leigos no assunto! Os que jamais presenciarão o que presenciei, os 'calafrios' que passei, as demonstrações de carinho e satisfação em me ajudar, o calor que me aqueceu e todo aquele amor que jamais sequer imaginei que fosse possível eu sentir.
Mas as forças estão se esgotando, a proteção contra futilidades vindas dos outros. Não me perdoarei se esquecer tudo pelo qual já passei e ter me tornado um idiota que não sabe diferenciar a infidelidade e crueldade da sinceridade e consideração.
Aquele brilho mais intenso, que foi o primeiro a me chamar atenção.
Que expressava a felicidade que não existe mais, que me guiava por completo, razão, corpo e coração.
É a saudade que bateu daquele olhar.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Por entre os dedos.

Alguns as vêêm de um jeito simples, comum.
Outros, lhe dão valor infinito, o bem mais valioso.
Os fracos, julgam-a como inútil, sem fim algum!
Mas enfim, todos a têm! Queiram ou não queiram. Seja ela sofrida ou fácil, curta ou longa, cheia de amor ou completa de ódio e rancor!
Mas vejo uma em especial. Cheia de tudo!
Rara e, pra maioria das pessoas de vidas fáceis e não menos felizes, entristecedora.
Ela se tornou assim porque foi mal planejada.
Começou em uma confusão tamanha, sem experiência nem pensamentos sobre o futuro. Passou por um ápice de revolta e sensatez com uma pitada de medo e falta de afeto fraterno.
Agora, ela passa por uma situação, no mínimo constrangedora e de certo frustrante.
Ela chegou a ter quase tudo que seu dono lhe planejava: os ombros amigos, o abraço que te arrepia por minutos seguidos, os dramas que sempre lhe foram escondidos e a fonte do amor que sempre lhe fora exigido.
E, at the drop of a hat, quase tudo desapareceu, sumiu. Foi como se uma força maior viesse, juntasse tudo em uma caixa e a mandasse para o outro lado do mapa.
Foram levados desde os arrepios mais frios e os abraços que calavam todas as confusões da mente até alguns amigos que estavam próximos e presentes no cotidiano dela.
Seu dono começa a lhe odiar! Não aguenta mais ver que teve tudo e deixou escapar-lhe por entre os dedos!
A persistência de seu dono é a única virtude que o faz tentar resistir.
Resistir à vida.